Confusões e Provocações!  

Posted by Lady Desdém

Queridas Leitoras,

Hoje vou pedir que me perdoem porque juro que tentei ao máximo extrair alguma coisa que prestasse da minha cabeça, mas simplesmente não consegui! Estou numa confusão atual que esta bloqueando toda a minha capacidade de concentração e de inspiração. Diferente do meu surto que rendeu um bom fruto, minha confusão só esta gerando mais confusões. Percebi então que o jeito era relaxar não me cobrar muito porque isso só iria conturbar mais as coisas. Dessa forma, como não queria deixar meu dia de postar passar em branco resolvi postar um mini - conto que escrevi há alguns meses. Foi minha primeira experiência de escrita nessa área mais "ousada". Então sejam boazinhas nas críticas ok?!rs




Provocation


A obscura sensação do seu beijo deixa-me leve. Estremeço a cada toque. Seus dedos a percorrer meu pescoço, minhas costas. Suas mãos aquecem meu corpo. Sua boca molhada próxima aos meus lábios. Isso simplesmente me enlouquece. Sua respiração ofegante, tentando a todo custo me satisfazer. Tiro seu cabelo do rosto para ver teu sorriso, teu êxtase. Tua boca sobe e alcança meus seios. Sua calma e delicadeza realmente me impressionam. Meu corpo já não suporta mais. Tento me conter para não perder nem um minuto do espetáculo. Mas esta ficando impossível. Cada pequena parte do meu corpo parece estar em suas mãos, nenhum pedaço sente-se solitário. Meus olhos começam a fechar involuntariamente. Os músculos das minhas pernas enrijecem. E dos meus lábios surge um grito.

Minha respiração começa a diminuir, acompanhando a sua. Nem que eu tentasse seria impossível não sorrir. Sua língua umedece minha boca e então deita-se ao meu lado. Fica a tocar meus cabelos por alguns instantes. E eu só consigo olhar para o teto, exalando felicidade.

Ao acordar, vejo tua mão entrelaçada na minha.


Carol Sá
16/02/08
1:30am


Photo Exposição Sobre Laurel Holloman  

Posted by Peh Noir in ,

A Carol e sua viagem interna segue transpassando ao nosso Blog... E conseqüentemente a Laurel e suas ações... Mas digo aqui que ela vem me inspirando... Até facilita a questão de escolher que post fazer.

Este Blog dedicado a Laurel Holloman tem uma atividade fora do comum aos Blogs para fãs... Ele tem ido além do ato de admirar alguém, cultuá-lo... Sabe o que Lez Girls... Laurel Holloman se orgulharia MUITO deste espaço que leva o nome dela... E você Carol Sá... É completamente culpada por isso.

Então, para uma exposição digna das palavras de minha garota prodígio... Coletei alguns dos mais belos trabalhos artísticos (fotográficos) feitos sobre a bela imagem de Laurel Holloman. Apreciem, de inicio, todo o trabalho talentoso de sarahkb78.

laurel holloman

laurel holloman

laurel holloman

laurel holloman

laurel holloman

http://i181.photobucket.com/albums/x308/sarahkb78/Passion.jpg


Exposição!!  

Posted by Lady Desdém in



Estava lendo o texto da Lezjour[1] e pensando em como ela se expôs totalmente neste último post. Na verdade quando escrevemos ou falamos sobre algum assunto estamos sempre colocando nosso ponto de vista e dessa forma sempre estamos nos expondo. O que podemos fazer é escolher se iremos nos “mostrar” muito ou pouco (em nossas ações agimos da mesma maneira).

Ai vem a questão de porque temos receio em nos expôr? Eu tenho uma teoria: Quando escrevemos da forma mais aberta e verdadeiramente possível normalmente às pessoas identificam-se mais. Para mim é difícil falar sobre sentimentos (intensos) e quando colocamos isso de maneira simples muita gente se sentirá descritas naquelas palavras, naqueles sentimentos... Mas às vezes é algo tão profundo que não é todo mundo que admite. Quando leio um texto e “me vejo nele” minha primeira reação é a repulsa, por mais que o texto não seja especificamente para mim ou nem sobre mim, mas ninguém gosta de ver suas emoções escritas assim tão claramente para todo mundo ler. E chego até a fazer críticas aquilo que na verdade sou EU! Mas ai quando eu para realmente pra pensar vejo que “meu Deus, o que é que eu estou criticando essas ai são minhas atitudes, meus sentimentos, minhas emoções...). É muito difícil “ouvir” verdades que insistimos em esconder.


Por muito tempo escrevi e nunca mostrei a ninguém porque não tinha coragem, na verdade nem eu mesma relia meus textos com medo das minhas próprias críticas. Foi um processo lento e complicado conseguir publicar minhas palavras. E ainda hoje, toda vez que alguém ler meus textos fico com aquele friozinho na barriga, de montanha russa.


Então pensando sobre exposição e em conjunto sobre um texto que li do Moniot[2] que escreve sobre a “História dos povos sem história” e me veio a cabeça TLW (o que por sinal foi angustiante porque estava com mil trabalhos da faculdade para terminar e me deu vontade de ver algum eps. E não tinha tempo! Desabafo...). Neste texto do Moniot, ele coloca muito bem a forma como somos privados de determinadas histórias por imposição do etnocentrismo[3]. Muitas civilizações desapareceram, deixando apenas uma tradição oral (e as vezes nem isso), eu sei que pelo menos já é alguma coisa mas também é uma fonte muito falha em vários aspectos (não vou entrar profundamente neste assunto, porque seria capaz de escrever uma dissertação sobre isso, e acabaria saindo do Foco).


O que quero dizer é o seguinte, as “civilizações sem histórias” não podem ser consideradas apenas essas civilizações que já desapareceram. Isso ainda acontece, mesmo no nosso mundo altamente globalizado (com uma intensidade menor, Lógico!). Contudo ainda hoje tentam nos induzir, a ouvir, a ver, a agir da forma que o etnocentrismo julga ser adequado. Dificilmente conseguimos ter uma visão imparcial sobre uma cultura diferente da nossa.


Nosso “chip” já vem programado antecipadamente quando nascemos, e geralmente, liga um “bip” quando nos deparamos com algo exótico(estou usando o termo exótico, como algo diferente ao que “julgamos” normal). Mas o que podemos fazer? SIMPLES!! Desligar o “bip” hehe eu sei, eu sei, não é tão simples assim. Mas se tentarmos com certeza conseguimos. E isso digo por experiência própria, eu tive que desligar uns mil “bip’s” quando comecei a assistir TLW.


Eu ainda não sou ninguém, mas estou estudando para ser e quando isso acontecer, vou tentar não só escrever, mas também agir de forma a dar VOZ ativa aos “povos sem historia”. Tanto arqueologicamente falando como socialmente.


E fico muito feliz por assistir a uma série em que as atrizes não só interpretam seus personagens, mas que agem em suas vidas públicas em favor do que representam. Sendo pessoas de influência que se fazem presentes em assuntos “polêmicos”. Ajudando assim a dar força para uma causa que, por enquanto, tem pouca história (entendam, que quando digo pouco história me refiro a história relatada, descrita, publicada...).




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1 - http://thelword-blogfanbrasil.blogspot.com/2008/06/maternidade-lsbica.html
2 - MONIOT, Henri (1979): A história dos povos sem história in História: novos problemas. 2ª edição. Livraria Francisco Alves Editora. Rio de Janeiro.
3 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Etnocentrismo

Laurel Holloman (AkA Tina) em "4 Minutes"  

Posted by Peh Noir in ,

CAROL... Minha doce arqueóloga... Você surtou completamente... Acho isso ótimo, o surto pode operar milagres na nossa compreensão do cotidiano... Acredito que devíamos surtar umas 2 vezes por ano... Seria a dose salutar que recomendo a todas.

Claro que nem todas tem essa capacidade inerente a Carolzinha... Então, se você me der licença querida arqueóloga, eu vou dar uma ajudinha às silenciosas LOURETES presentes...

... Laurel Holloman (AkA Tina) em "4 Minutes" com muitas cenas de TiBette.

Surtem lindas.... SURTEM!!!

Surtos Noturnos  

Posted by Lady Desdém in


Eu estava com muitas idéias para escrever esse post, só que eram tantas idéias que elas acabaram se convergindo em minha cabeça e me enlouquecendo totalmente. Pensei em várias formas de organizar esses pensamentos e expor de uma forma clara e não contraditória, mas percebi que seria impossível. Por dois motivos principais: 1- Estou de TPM; 2- Surtei com o final do semestre da minha faculdade, surtei a ponto de sair perguntando as pessoas o que seria o Espírito Santo (será que sendo ateia eu sou obrigada a escrever, Deus, Jesus e Espírito Santo com letras maiúscula? Na duvida vou deixar assim), então eu realmente perguntei as pessoas o que seria a “pomba”, uma amiga até tentou me explicar, mas sem sucesso.

Então resolvi falar sobre o meu surto, ele começou segunda quando eu estava em Oeiras[1] estava lá com minha turma de arqueologia para pesquisar sobre a história da cidade. E meu professor teve a idéia de começarmos pela catedral da cidade e entrevistar as pessoas que cuidavam do local (isso incluía o padre, mas ele sumiu), então veio uma senhora super simpática abrir a igreja para a gente e conversar um pouco soube o que ela sabia. Nessa conversa descobrimos que de ano em ano é realizado um sorteio na igreja entre os devotos, que colocaram seu nome em uma lista para ter em casa o Divino, o Divino seria a imagem simbólica do Espírito Santo (A pomba! Toda vez que eu via o divino lembrava da música dos Mamonas Assassinas[2], e começava a rir, é eu sei sou totalmente herege), a família que tinha a honra de receber o Divino em casa, ficaria com ele por um ano e deveria deixar sua casa aberta das 6:00 as 22:00 para os fieis irem fazer suas preces e pedidos a pomba (acho que o pessoal esqueceu que a Princesa Isabel já aboliu a escravidão). Só que tem um pequeno detalhe nessa história toda, as únicas famílias que até hoje foram agraciadas com o Divino são famílias ricas e tradicionais da cidade (como assim?), por incrível que pareça o “sorteio” nunca agraciou uma família humilde (apenas uma suposição, OS PADRES MANIPULAM O SORTEIO?). A senhora que estava nos apresentando a igreja deu o seguinte depoimento “eu tenho o Divino em mim, ele esta em minha vida e em minha casa, mas a minha casa não é boa o suficiente para as visitas dele” e gente ela não falou isso com ressentimento, ela sinceramente acreditava que a casa dela não era boa o suficiente! Eu fiquei com um sentimento de injustiça tão grande em mim que vocês nem imaginam. Essas coisas acontecem porque as pessoas acabam ficando alienadas com instituições dogmáticas. E quando me refiro a dogmas não me prendo só a igreja porque a própria ciência é extremamente dogmática (a arqueologia que o diga) e se não buscarmos outras fontes de informações, se não formos firmes em nossas virtudes e pensamentos acabamos nos deixando levar por qualquer coisa que nos digam.

Quando estava debatendo sobre isso, não pude deixar de pensar em outra “instituição” que aliena e dogmatiza, a Televisão!!! Ultimamente acho que ela esta se tornando mais perigosa que a igreja (desculpem-me os cristãos, mas eu realmente acho a igreja super perigosa). Eu fico impressionada aqui em São Raimundo[3] como a tv influencia a vida das pessoas. O que é dito no fantástico é verdade absoluta e acabou, e quem tentar discordar pode ser queimado em praça pública (estou exagerando, mas é mais ou menos por ai mesmo). Ai raciocinando sobre isso tive outro pensamento, aquela “maravilhosa” declaração da globo sobre o capitulo final da última novela das 8 em que decidiram tirar a cena de beijo entre dois personagens gays porque “seus princípios de qualidade não prevêem beijos e carícias entre homossexuais”(mas a loira do Tchan balançando a bunda às 16h de um domingo "familiar" pode né?)é tão absurdo que tenho até vergonha de repetir. Podemos então pensar, “ah isso é ridículo, ninguém vai levar a sério!” Tem certeza? Eu acho que não, eu imagino que as pessoas se deixam levar por esse tipo de comentário, já temos tanto preconceito no país e uma grande rede de tv em vez de prezar pela igualdade e liberdade (de opinião, de sexo, de cor...) faz o contrário, expondo um discurso moralista e arraigado da década de 20 (do século XIX???). E alguns dias após fazer uma declaração dessas, mostrar em todos os seus jornais matérias e mais matérias sobre a parada gay em SP. Ahhh, por favor, né? Vamos aos menos ser coerentes!

Mesmo no século XXI ainda enfrentamos certas barreiras que me deixam extremamente nervosa. A única maneira de se ter uma visão mais aberta do mundo (televisticamente[4] falando) é comprando uma tv a cabo. E concordamos que nem todos têm condições para isso, porque ainda é algo caro e considerados por muitos como futilidade... Só que dessa maneira a maioria da população não tem acesso a programas como The L Word, que poderia ajudar muito na luta contra o preconceito. Quem sabe assim as pessoas iriam enxergar com outros olhos (sem visões ortodoxas) o mundo e as pessoas. Ver que um beijo entre pessoas do mesmo sexo não é nada demais, são apenas duas pessoas se beijando, duas pessoas que se amam e deveriam ter o direito de expressar esse amor... E outra coisa, eu fico inconformada como atores de seriados são pouco reconhecidos, e são atrizes e atores que não devem nada aos das “Grandes Telas” e infelizmente não recebem o devido crédito. Nenhum amigo meu (que não assiste TLW) conhece a Laurel, no dia em que fiquei sabendo que ela tinha adotado uma criança, eu comentei com uma amiga no msn “poxa oh que legal, a Laurel adotou uma criança, acho muito legal essa iniciativa de pessoas famosas, acaba sendo bons exemplos...” eis que chegou a resposta “Laurel?? Quem é essa?” ai minha revolta já começou, então falei “É uma atriz que participa de The L Word” e ela “aquela série das lésbicas?”... Primeira revolta: Ela usou um tom pejorativo ao dizer “lésbicas”. Segunda Revolta: Eu odeio pontos de referências, por exemplo, “a loja que você procura é aquela onda a gordinha esta na frente” eu realmente odeio ponto de referência. Terceira Revolta: Ela não conhecia a Laurel. Todas as atrizes de The L Word estão fazendo um trabalho pioneiro e muito corajoso na TV, e fico revoltada por ser algo restrito.

Mas como diria Panofsky[5] existem os “indivíduos inovadores” aquelas pessoas que estão à frente do seu tempo, e que quebram com certos paradigmas. Procurando serem pessoas diferentes e mostrando que não vieram ao mundo “a passeio”. São essas pessoas que vão fazer a utópica luta contra o preconceito se tornar uma realidade. E sim essas pessoas existem, nossa querida Laurel é uma delas! Pessoas públicas que exercem influencia e tem boas atitudes definitivamente são indivíduos inovadores (na verdade pela forma como o mundo esta até pessoas que jogam lixo na lixeira já podem ser considerados indivíduos inovadores).

Pra finalizar este post vou contar o final da minha visita a Oeiras (calma, serão poucas linhas ta acabando o texto não desiste aqui não: D). Vagando a noite pela cidade, achando que o mundo não tinha mais jeito (drama, drama, drama!!) passei com mais dois amigos por uma casa toda iluminada e com decorações, e então entramos na casa para saber o que era aquilo, e descobrimos que ali estava o segundo Divino(\o/), o divino do povão, a dona da casa nos explicou que a igreja do seu bairro fazia o mesmo sorteio da catedral porém esse Divino mudava de mês em mês e ia para qualquer casa, independente da situação financeira da família. As pessoas desse bairro acharam uma alternativa para não serem excluídos, até porque eles também têm direito a ter o Divino. E sinceramente? A decoração era mais bonita, o clima da casa era mais aconchegante, e eu quase senti o Divino em mim também. Conclusão, o mundo tem jeito! Os indivíduos inovadores são (por enquanto) minoria, mas fazem a diferença. E são essas pessoas que ainda deixam viva a minha esperança de que o mundo será um lugar melhor.

P.s: Perdão se houveram contradições, se fui prolixa e se fui grossa em alguns momentos!

Carol Sá
14/06/08


[1]http://pt.wikipedia.org/wiki/Oeiras
[2] http://www.youtube.com/watch?v=Zn2GZ6d-sPw
[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Raimundo_Nonato
[4] Perdão pelo neologismo.
[5] http://pt.wikipedia.org/wiki/Erwin_Panofsky

Ilustrando o Culto ao Herói  

Posted by Peh Noir in

Bem, perceberam que temos uma scrrrrrrrrrrrribgirl aqui em nosso blogdelicious ... A Carol, e digo que você chegou COM TUDO... Não é?!

Acredito que tenho uma certa sorte em fazer estas parcerias na escrita... Ela escreve muito bem!!! O tema então... O CULTO AO HERÓI. Quem não os tem? Quem não os necessita?

Então para acompanhar tão profundo tema trago ilustrações que falam... Psiuu! Silêncio! Escutem...


laurel holloman,the l word

by:


A6

by: hereden


jennifer beals,laurel holloman,the l word,tibette

by:


... E cultuem .



“Culto ao Herói”  

Posted by Lady Desdém in

Eu estava estudando para um trabalho de história da arte, quando um autor usou o termo “culto ao herói”[1] se referindo à mania que temos de “idolatrar” mais o pintor do que sua obra. E isso fica bem evidente, quando acontece um leilão de artes e basta dizer que um quadro é de uma das “tartarugas ninjas” (Donatelo, Rafael, Michelangelo e Leonardo[2]) para o seu valor subir escandalosamente. Sendo que às vezes a tela nem é tão representativa assim ou tem valores táteis frágeis, mas pelo simples motivo de ter sido pintada por um artista famoso seu valor de mercado aumenta.

Então eu comecei a pensar mais profundamente sobre esse “culto ao herói” e observei que não se aplica apenas à arte figurativa, hoje em dia fazemos muito isso com os atores e atrizes (personalidades em geral). Quando assistimos a um filme, seriado, novela... Nos afeiçoamos com um personagem e passamos a “adorá-lo” e instintivamente ou subconscientemente passamos essa “adoração” diretamente para o artista. E ainda temos a tendência de imaginar que a pessoa é igual ao seu personagem, e ficamos com aquela visão romântica[3] acerca da celebridade. A ponto de que se escutamos alguma noticia sobre ela que não nos agrada eticamente ou moralmente, nossa primeira reação é não acreditar e até mesmo defendê-lo, como se fossemos amigos(as) de infância. Nossa sociedade cria essa necessidade de termos um herói/heroína, alguém para nos espelharmos.

Imagino que todo mundo lembre a confusão (totalmente desnecessária) que aconteceu quando Sandy & Junior, ops, Sandy disse que não era mais virgem, parecia que o mundo tinha acabado, “meu deus Sandy não é mais virgem, como isso é possível”. Foi um verdadeiro circo, e simplesmente porque a mídia criou aquela imagem de “pura” em que várias adolescentes se inspiravam.

O ponto que eu quero chegar é o seguinte, NÃO, eu não sou contra o “culto ao herói”, não é uma coisa tão maléfica assim, mas eu sou contra se for feito de forma inconseqüente, sem fundamento apenas se baseando no personagem que aquela pessoa representa. Particularmente quando eu gosto muito de um personagem, transfiro minha simpatia para o artista e então eu vou atrás de informações sobre o mesmo (God Bless the Internet) e nessa busca ao ler sobre sua vida, carreira, ações... Minha simpatia pode aumentar ou cair por terra. E tento (é, “tento”, porque sou humana e tenho meus defeitos) não passar essa antipatia, que criei pelo artista para o personagem. Vou dar um exemplo pessoal, eu gosto muito de Kid Abelha, e ao pesquisar algumas coisas sobre a banda e a Paula Toller (vocalista da banda) percebi que ela não era bem a pessoa que eu imaginava. Admito que passei um tempo sem escutar suas músicas, mas depois de um tempo entendi que estava fazendo besteira porque não deveria deixar uma coisa afetar a outra e afinal de contas eu gostava das músicas.

Porém há alguns meses tive uma experiência contrária (felizmente). Quando comecei a assistir The L Word, eu gostava muito do casal Bete e Tina, mas não particularmente da Tina, achava uma personagem com pouca consistência apesar de admitir que era uma excelente atriz. Eu comprei as cinco temporadas e assisti ao longo de algumas semanas. Quando eu terminei de ver, estava simplesmente fascinada pela Tina, ela cresceu de uma forma impressionante, seu personagem ganhou coragem, substância, graça... E qual foi a minha primeira atitude? O bom e velho “culto ao herói”, no caso, heroína. Quando vi que minha admiração pela Tina tava passando para a Laurel, eu resolvi procurar na Internet sobre ela, saber o que fazia quando não era a Tina, como era sua carreira... E qual foi a minha surpresa? Ela simplesmente superou a Tina! Além de uma atriz maravilhosa, também é uma pessoa esplêndida e humana com ações surpreendentes (ainda mais no mundo em que vivemos hoje). Quem entra nesse blog e gosta da Laurel sabe do que eu estou falando. Artistas são pessoas que tem muita influência sobre a vida das pessoas, principalmente de seus fãns, e quando temos exemplos tão bons quanto os da Laurel (vocês já perceberam a simpatia com que essa mulher fala em entrevistas?)é gratificante (mas deixa isso de lado, que é assunto pra outro post).

Então é o seguinte “culto ao herói/heroína?” SIM, mas consciente, por favor!



[1] BERENSON, B. Estética e Historia en las Artes Visuales, Trad. Luis Cardoza y Aragón, F.C.E. México, 1956.

[2] Pintores da renascencia italiana. No caso de Donatello escultor

[3] 1. Movimento artístico iniciado na Alemanha no último quartel do séc. XVIII, que surgiu como reação contra os postulados estéticos do neoclassicismo e se caracterizou pela exaltação. 2. Romântico, devaneador. 3. Fantasioso. Dicionário Soares Amora.

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